Quando me lembro triste e descontente,
Que essas linhas de tua forma pura,
Que esses irradiamentos de brancura,
Que tua carne cetinosa e quente,
Que isso morre,isso acaba,e tudo mente;
Que não serás um dia a formosura,
Que eu via com prazer e com ternura,
Como serpe a enrolar-me um fogo ardente,
Num frêmio de um gozo indefinido;
O coração em dois por ti partido,
Ás carícias de tua voz sublime;
A mão,que toca,e como um lírio afaga...
E que isto tudo se esvaece e apaga...
O céu depois só me parece um crime...
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