terça-feira, 6 de março de 2012

O medo

Sabes?Não sei de ti o que penso eo que quero:
Não devo amar-te,eu sei,nem eu procuroamar-te:
E tua imagem vai comigo a toda parte;
Vai,onde eu vou;e vai,onde eu jamais a espero.

Meu semblante entre altivo e tristemente austero
Deve estar,quando enfim preciso,ou devo olhar-te,
Meu profundo segredo eu temo revelar-te:
E junto a ti me esqueço,ou talvez persevero.

Quantas vezes porém me tem já parecido,
Que longas horas eu sob os teus pés me olvido,
Bem como num vulcão,abrasado em desejos!

E ergo-me,e fujo,quando irado e delirante
Vejo,que vão tragar-te a carne palpitante,
Leões rugindo em bando,os meus famintos beijos...

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