Spec-Ops: The Line

Primeiramente, é preciso deixar claro que você não deve baixar a demo de The Line. Isso pode parecer um contrassenso, afinal, demos são os melhores termômetros para um game. Porém, o pessoal da 2K (ou da Yager Development, o estúdio responsável pelo game) não foi muito inteligente ao montar uma demonstração e acabou colocando apenas passagens que retratam mais um shooter genérico. Isso pode ser justificável pra não estragar o fator surpresa do jogo completo, mas não vende bem o produto. Sendo assim, confiem nessa análise e em tantas outras que ressaltam a história de Spec Ops: The Line, que é certamente o ponto alto do game. The Line começa aparentemente fraco, se assemelhando demais a um third-person shooter com as mecânicas de cover tão comuns nessa última geração. Entretanto, a partir de determinado momento se percebe que Walker e sua equipe apenas estão se afundando num abismo de horrores que serão descortinados em Dubai – e a queda acontece de forma literal, pois a todo momento você desce em fendas e em cordas de rapel, não se fazendo o caminho oposto. A irracionalidade da guerra é mostrada por meio de cenários de miséria e crueldade que tiram o jogador da zona de conforto, criando uma espécie de hesitação em prosseguir nessa reveladora jornada em um deserto desolador. Ojogo está realmente bom, mas isso só você vai poder falar depois de ver e sentir.